BUSCAPÉ

Twitter

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Rosa de Lima



Santa Rosa de Lima (Lima, 30 de abril de 1586 - id., 24 de agosto de 1617), foi uma mística da Ordem Terceira Dominicana canonizada peloPapa Clemente X em 1671.

É a primeira santa da América e padroeira do Peru e da América. Nascida em Quives, província de Lima no ano de 1586, era descendente de conquistadores espanhóis. Seu nome de batismo era Isabel Flores y Oliva, mas a extraordinária beleza da criança motivou a mudança do nome de Isabel para Rosa, ao que ela acrescentou o de Santa Maria. Seus pais eram Gaspar de Flores, espanhol arcabuz do Vice-Rei e Maria Oliva, limenha. Era a terceira dos onze filhos do casal.

Seus pais antes ricos tornaram-se pobres devido ao insucesso numa empresa de mineração e ela cresceu na pobreza, trabalhando na terra e na costura até altas horas da noite para ajudar no sustento da família. Cultivava as rosas de seus próprio jardim e as vendia no mercado e por isso é tida como patrona das floristas. Diz-se que tangia graciosa a viola e a harpa e tinha voz doce e melodiosa. Além de muito bela, Rosa era tida como a moça mais virtuosa e prendada de Lima.

Foi pretendida pelos jovens mais ricos e distintos de Lima e arredores, mas a todos rejeitou, por amar a Cristo como esposo. Em idade de casar, fez o voto de castidade e tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, após lutar contra o desejo contrário dos pais. Construiu uma cela estreita e pobre no fundo do quintal da casa dos pais e começou a ter vida religiosa, penitenciando seu corpo com jejuns e cilíciosdolorosos e conta-se que utilizava muitas vezes um aro de prata guarnecido com fincos, semelhante a uma coroa de espinhos. Foi extremamente bondosa e caridosa para com todos, especialmente para com os índios e negros, aos quais prestava os serviços mais humildes em caso de doença.

Segundo os relatos de seus biógrafos e dos amigos que a acompanharam, dentre eles seu confessor Frei Juan de Lorenzana, por sua piedade e devoção Santa Rosa recebeu de Deus o dom dos milagres. Era constantemente visitada pela Virgem Maria e pelo Menino Jesus, que quis repousar certa vez entre seus braços e a coroou com uma grinalda de rosas, que se tornou seus símbolo. Também é afirmado que tinha constantemente junto a si seu Anjo da Guarda, com quem conversava. Ainda em vida lhe foram atribuídos muitos favores; milagres de curas, conversões, propiciação das chuvas e até mesmo o impedimento da invasão de Lima pelos piratas holandeses em 1615.

Apesar de agraciada com experiências místicas fora do comum, nunca lhe faltou a cruz, a fim de que compartilhasse dos sofrimentos do Divino Mestre: sofrimentos provindos de duras incompreensões e perseguições e, nos últimos anos de vida, de sofrimentos físicos, agudas dores devidas à prolongada doença que a levou à morte em 24 de agosto de 1617, aos 31 anos de idade. Suas últimas palavras foram " Jesus está comigo!" Seu sepultamento foi apoteótico e pranteado por todo o Vice Reino do Peru e seu túmulo tornou-se palco de milagres, bem como também os lugares onde viveu e trabalhou pela causa da Igreja. Foi a primeira santa canonizada da América e proclamada padroeira daAmérica Latina. Conta-se que o Papa Clemente relutava em elevá-la aos altares, mas foi convencido após presenciar uma milagrosa chuva de pétalas de rosa que caiu sobre ele, vinda do céu e que atribuiu a Santa Rosa de Lima.

Dela disse o Cardeal Ratzinger: De certa forma, essa mulher é uma personificação da Igreja da América Latina: imersa em sofrimentos, desprovida de meios materiais e de um poder significativos, mas tomada pelo íntimo ardor causado pela proximidade de Jesus Cristo. (Homiliano Santuário de Santa Rosa de Lima, Peru, em 19 de julho de 1986).

No Brasil, alguns municipios - como Nova Santa Rosa, no Paraná, e Santa Rosa de Lima, em Santa Catarina - a adotam como Padroeira

Porto da Folha


História
Em novembro de 1807, Antônio Gomes Ferrão de Castelo Branco registrou seus títulos imobiliários na Câmara de Propriá, declarando ser de 30 léguas a extensão de suas terras, latifúndio que constituiu o morgado de Porto da Folha.
Porém, quem colonizou as terras de Porto da Folha foi Tomás de Bermudes, fundando um curral e fazendo amizade com os índios. “A fazenda Curral do Buraco originou a povoação do Buraco, que em 19 de fevereiro de 1841 passou a se chamar Nossa Senhora da Conceição de Porto da Folha”, informa a Enciclopédia. Até hoje quem nasce em Porto da Folha é conhecido por buraqueiro. Os moradores mais antigos acreditam que o nome Buraco surgiu porque a cidade é cercada de morros, dando a impressão de que fica em uma baixada.
Nenhum outro município da região tem uma história e cultura tão grande quanto Porto da Folha, Os municípios de Caninde do São Francisco e Poço redondo faziam parte do município de Porto da Folha até que ganharam suas emancipação política. A Ilha de são Pedro atigamente era a sede do munucipio até ser transferida para à atual cidade de Porto da Folha. Também a única comunidade indigina do estado de Sergipe estar no município de Porto da Folha, no povoado da Ilha de São Pedro. Para se ter uma ideia do tamanho da cultura de Porto da Folha, à maior festa de gibão do Brasil mais conhecida como vaqueijada de pega de boi no mato é a de Porto da Folha, realizada no mês de Setembro. É também um dos poucos lugares do Nordeste que se tem três raças distintas, que são branco, negro e indigina, tudo isso proveniente de sua rica história. Por esse motivo é dificil falar em Sergipe sem falar em Porto da Folha pelo seu legado que deixou e continua influênciando muitas e muitas região à fora.

Economia
Nos últimos anos Porto da Folha vêm crescendo economicamente de forma bastante acelerada. Isso se deve a setores tais como seu comércio impulsionado pela atividade agropastoril e o turismo. A vaquejada, por exemplo, no ano de 2010 recebeu 40 mil pessoas; um recorde em se tratando de festa no interior se Sergipe. O que está contribuindo de uma certa forma para que Porto da Folha tenha um rápido crescimento econômico. Acompanhado a um bom desenvolvimento econômico, o município já passa a contar com instituições de ensino superior, e com empresas de reconhecimento que se instalaram no município tais como, por exemplo, Gbarbosa e Unit.

Atrações turísticas
Um dos maiores atrativos turísticos de Porto da Folha, sem dúvida alguma, é a vaquejada. A vaquejada é um esporte muito praticado por diversas regiões do nordeste. Mas, no caso de Porto da Folha, esta é na verdade uma festa que atrai pessoas de toda a região em busca de um divertimento diversificado onde além da vaquejada, há também música, bebidas, e festas.
Entretanto, o que para muitos não passa de uma folia, para outros a vaquejada é o momento onde a história da cidade se fixa cada vez mais.

Lagoa do rancho
É um dos maiores povoados do município e de melhor infraestrutura. Conta com quatro praças, a São José, Doralice, João Américo e Complexo da Criança, três escolas, duas municipais e uma estadual, posto de saúde, farmácia, supermercado e mercearias, bares, balneário. Em março comemora-se a festa do padroeiro São José e a Cavalgada, em junho o São João, festas tradicionais. O Povoado se destaca ainda pela expressiva atividade econômica baseada na pecuária, produção de leite e seus derivados, apicultura, através da Casa do Mel, e agricultura. Na política, Lagoa do Rancho mostra-se ascíduo e sempre tem nomes de destaque. Antonio Loureiro foi prefeito de Porto da Folha por duas vezes, somando dez anos de governo. Muitos vereadores foram eleitos, como João Mariano, Zé Velande, Cuíte, João Rivaldo. Dos últimos secretários de educação municipal, três foram do povoado, Solange de João Mariano, Professor Francisco de Joãozinho Delegado (in memorian) e a Professora Ivete (in memorian). Na educação o lugar é de referência para os portofolhesens e teve início prematuramente. Com poucas residências e sem escolas Maria Chagas, Maria Clemência e Maria das Graças foram pioneiras no ensino. Atualmente o Colégio Municipal Professor Torres exporta talentos e tem sido o principal centro formador.

Lagoa de volta
É o maior povoado de Porto da Folha, e um dos maiores de Sergipe. Extima-se que seja maior que sete cidades sergipanas e que conta atualmente com cinco mil habitantes na sua região. É também na Lagoa da Volta que está à maior praça de eventos do município. Tem como pretensão se tornar o 76º município sergipano.

Lagoa Redonda
Está situado entre Monte Alegre e Poço Redondo, na Rota do Sertão. É um dos maiores povoados do município. O Povoado, entre os três maiores, é o mais distante da sede do município, talvez por esse motivo a população local se identifique mais com os habitantes de outras cidades. Mesmo assim, este distrito portofolhente recebe investimentos provenientes da administração municipal. Foi o primeiro a ter uma quadra multi esportiva e a receber uma clínica da família.

ilha do ouro
Principal atrativo turístico de Porto da Folha por estar situado as margens do Velho Chico. Talvez se teve algum povoado que soube aproveitar o grande crescimento e desenvolvimento econômico de Porto da folha esse lugar foi à Ilha do Ouro, primeiro por ser um cartão postal de Porto da Folha, e segundo por ter cerca de mil habitantes o que o torna uns dos maiores povoado do município, à Ilha do Ouro ganhou uma rodovia construída em 2009 reivindicação antiga essa, ganhou a nova adutora do São Francisco, que tem como meta ajudar abastecer Aracaju, Itabaiana e a região de Tobias Barreto, além do mais o povoado vem passando por uma adequação turística, um canteiro de obra se encontra atualmente, que quando estiver pronto vai melhorar e muito a sua cara. Por esses e outros a Ilha do Ouro é um dos maiores ponto de entrada de dinheiro do município, por esse motivo é que a Ilha do Ouro vem se transformando e se transformando para melhor.









Riachão do Dantas



Com a colonização de Sergipe em 1590, através da expedição militar liderada por Cristovão de Barros, as terras onde hoje se encontra o município de Riachão do Dantas começaram a serem exploradas. O povoamento da Capitania de Sergipe se iniciou nas bacias dos rios Real e Piauí, esse último nasce na Serra das Aguilhadas, na região de Palmares (Antiga Fazenda pertencente aos frades carmelitas que hoje faz parte do território do município de Riachão do Dantas) devido a essa estratégia colonizadora, as terras riachãoenses já possuem seus primeiros sesmeiros em 1596, que de acordo com Felisbelo Freire foram Domingos Fernandes Nobre, Antônio Gonçalves de Santana e Gaspar Menezes, todos eles receberam terras no vale do rio Piauí. Apesar da colonização do território riachãoense ter sido preconizada seis anos após a conquista e colonização do território sergipano, o povoamento inicial das terras onde se encontram hoje o município não deu origem a conglomerados urbanos. Segundo ALVES (1959): A região (...) permaneceu até o início do século XIX, como zona de propriedades de criação de gado ou de engenhos de açúcar, sem aparecimento de aglomerados humanos com formas de vida em comum. (ALVES, 1959. P. 422) Através desse fragmento, percebemos que as sesmarias, quando passavam pelo processo de doação, se tornavam fazendas para criação de gado e engenhos de açúcar. Entre as grandes fazendas podemos elencar a de Palmares, que pertencia aos frades da Ordem Carmelita , e a de Maria Samba . Entre os engenhos destacamos o do Riachão (mais tarde Salgado) e o São José da Fortaleza . O modelo colonizador implantado em Sergipe explica a ausência de centros urbanos que segundo PASSOS SUBRINHO (1987): Era uma área parcamente povoada, tendo como principais atividades econômicas a lavoura de subsistência e a pecuária extensiva, que abasteciam a próspera região dos engenhos. (PASSOS SUBRINHO, 1987. P. 17) Corroborando com Passos Subrinho, FIGUEIREDO (1977) nos diz: Por mais de um século, Sergipe significou ‘currais de gado’, ‘meios de subsistência’ e ‘campos de criação’ complementares para a lavoura canavieira da Bahia. (FIGUEIREDO, 1977. p.21)

Outro fator que pode contribuir para o retardamento da povoação nas terras riachãoenses são as vias de comunicação, que naquela época havia uma grande deficiência em sua estrutura, ALVES (1959) complementa: Com escassas e poucos freqüentadas vias de comunicação, os terrenos daquela zona permaneceram isolados por mais de um século do contato com centros civilizados, não permitindo o aparecimento do comércio na sua forma de ação coletiva, que é o verdadeiro e autêntico criador e fomentador de cidades. (ALVES, 1959. p. 423)

Portanto, após anos de colonização baseado na estrutura fundiária, algumas áreas de criação de gado vão se transformar em núcleos populacionais, inclusive a Fazenda Riachão, pertencente a João Martins Fontes que é a origem da cidade de Riachão do Dantas. O início da povoação que deu origem a sede do atual município de Riachão do Dantas, foi originária do começo do século XIX. As terras pertenciam a João Martins Fontes margens do riacho Limeira. Nas terras da Fazenda Riachão, João Martins Fontes ergueu uma capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo, porém o mesmo ainda habitava no engenho Campo da Barra, em Itabaianinha; todavia antes do ano de 1836, mudou-se para o Riachão. De acordo com REIS (1949): “Ao redor da capela, foram construídas as primeiras moradas, foi aumentando o povoado com a situação e plantação de sítios e edifícios dos primeiros engenhos da circunvizinhança.” (REIS, 1949. p. 6)

Para entendermos melhor sobre o surgimento de uma povoação ao redor de uma igreja católica, CRUZ (2009) nos apresenta uma das características que dá início à formação de núcleo populacional no período do Brasil Colônia, algo que vigorou também nos primeiros anos do Brasil Império com o surgimento e formação das vilas nesse período: No centro da praça da cidade, estava erguida a Igreja Católica Colonial, símbolo do fervor religioso dos portugueses. O templo inicialmente era rústico, mas depois ganhava detalhes ricos que demonstravam o poder e a opulência do Estado Colonial juntamente com a religião Católica Apostólica Romana. (CRUZ, 2009. p. 03)

A grande maioria dos núcleos de povoação no Brasil desde a Colônia até o Império surgiu ao redor de um templo católico, não poderia ser diferente na província de Sergipe e nem tão pouco na Vila do Riachão. Com o início da povoação ao redor da Capela dedicada a Virgem do Amparo, começam também a surgir os primeiros sítios e engenhos vizinhos, com isso o povoado foi aumentando e em 1848 foi criada uma cadeira de primeiras letras para as meninas, embasada na Resolução Provincial nº 221, de 22 de maio. Em 1854, foi criado o distrito de subdelegacia . Devido à morte de João Martins Fontes, os seus herdeiros doaram a Nossa Senhora do Amparo, a capela e as terras onde a mesma estava situada, porém a singela igreja deveria ser elevada a matriz. A doação das terras ocorreu na Vila do Lagarto, cuja jurisdição pertencia às terras do Riachão, foi datada em 28 de abril de 1853. Além das terras: Os herdeiros comprometiam-se, caso a renda do terreno não fosse suficiente, a doar a quantia anual de 24$000 até a dita capela passar à categoria de matriz. (SANTOS, 2009. p. 35)

Depois da doação das terras ao patrimônio paroquial, a Riachão do Dantas foi elevada a Freguesia de Nossa Senhora do Amparo do Riachão, isso ocorreu através da Resolução nº 419, de 27 de Abril de 1855. A referida resolução foi sancionada pelo então presidente da Província de Sergipe, Inácio Joaquim Barbosa. De acordo com ANDRADE JÚNIOR (2000), a freguesia de Nossa Senhora do Amparo, surge em um contexto em que:

"Visando um melhor atendimento [da] crescente população, a Igreja expandiu suas unidades eclesiásticas, desmembrando gradativamente as extensas freguesias dos primeiros séculos de colonização que não atendiam satisfatoriamente a crescente clientela. [Isto significa que] a criação de freguesias [vincula-se] com o surgimento e desenvolvimento das povoações sergipanas." (ANDRADE JÚNIOR, 2000. p. 32) Em 20 de agosto de 1856, foi dada aprovação canônica da nova freguesia que pertencia à Arquidiocese de São Salvador da Bahia. O primeiro pároco da nova freguesia, foi designado o Pe. João Batista de Carvalho Daltro, que assumiu suas funções eclesiásticas em 1856 . O seu paroquiato foi bastante proveitoso, porém no início enfrentou muitas dificuldades, por conta da epidemia de cólera morbus que vitimou milhares de pessoas em Sergipe nos anos de 1855 a 1856. Padre Daltro permaneceu em Riachão até 187010, ano da emancipação política da cidade, foi transferido para a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto e devido aos seus trabalhos nessa comunidade, ele foi elevado ao título de Monsenhor. Faleceu em 1910 Pode-se se dizer que os trabalhos prestados do então Pe. Daltro na Freguesia de Nossa Senhora do Amparo do Riachão resultou na emancipação da mesma em 9 de maio de 1870, portanto, ele foi precursor da autonomia política daquela localidade .

Somente em 1939, sobe a liderança de Frei Ildefonso, houve a construção da nova igreja matriz, a antiga estava localizada no centro da atual Praça Nossa Senhora do Amparo e foi demolida, uma grande perda para o Patrimônio Cultural e Arquitetônico da cidade, que infelizmente quase não possui.

Desde 1856, ano da elevação da capela a Igreja Matriz até os dias atuais, assumiram oficialmente quatorze padres na paróquia de Nossa Senhora do Amparo. Atualmente a paróquia é conduzida pelo Padre Álvaro Braz Alves Fernandes, que assumiu suas funções eclesiásticas em 5 de abril de 2009.

A emancipação política de Riachão do Dantas aconteceu no dia 9 de maio de 1870, através da Resolução de número 888, com isso, a Freguesia de Nossa Senhora do Amparo foi elevada à categoria de vila com a denominação de Riachão. Como consequência, o município de Riachão foi desmembrado do município de Lagarto.

Antes da resolução de 9 de maio, outra havia emancipado esse município, foi a Resolução de número 666, de 23 de maio de 1864, porém por motivos políticos, outra resolução (nº 730, de 15 de maio de 1865) revogou a lei anterior, por isso, a Freguesia de Nossa Senhora do Amparo voltou pertencer ao município de Lagarto.

O motivo político citado no parágrafo anterior foi a subida do Partido Liberal ao poder. Eles eram adversários políticos do Coronel João Dantas Martins dos Reis (futuro Comendador Dantas) que teve grande influência no processo de emancipação de Riachão e era um dos líderes do partido conservador em Sergipe. Com a subida do partido do Coronel, finalmente a Freguesia foi elevada a categoria de vila em 1870.

A vila do Riachão não era diferente das outras vilas da província que de acordo com FONTES (1974):

"Funcionava como centros religiosos e administrativos de uma sociedade rural, diversificadamente estruturada em áreas geoeconômicas, ricas e prósperas, tendo por fundamento açúcar e o gado." (FONTES, 1974, p. 565)

No período Imperial (1822 – 1889) a administração das vilas provinciais era de responsabilidade da Câmara Municipal, ainda não havia a figura de um prefeito, por isso ela possuía funções administrativas amplas. As obrigações concebidas à Câmara eram:

"Cuidar do centro urbano, estradas, pontes, prisões, matadouros, abastecimento, iluminação, água, esgoto, saneamento, proteção contra loucos, ébrios e animais ferozes, defesa sanitária animal e vegetal, inspeção de escolas primárias, assistência a menores, hospital, cemitérios, sossego público, polícia de costumes etc. (LEAL, 1997, p. 94)"

Com o intuito de realizar suas funções administrativas, a câmara Municipal possuía um dispositivo legal, que era chamado de Código de Posturas em que eram elencadas leis para os aspectos de higiene, de trânsito público, de economia e de polícia. O Código de Posturas da Câmara Municipal de Riachão foi aprovado pela Lei nº 934, de 24 de abril de 1872. Os infratores do Código de Posturas sofriam multas ou prisões.

As Câmaras Municipais viviam sob a tutela das Assembléias Provinciais, muitas decisões aprovadas pela Câmara deveriam ter uma aprovação posterior da Assembléia Provincial, por isso, os municípios não possuíam autonomia administrativa. Não somente as leis referendadas pela Câmara deveriam passar pela Assembléia, como também as receitas e despesas que por sinal eram orçadas por lei aprovada pela Assembléia Provincial e os recursos a serem despedidos com a administração deveriam ser obtidos através da arrecadação de suas próprias rendas estabelecidas em lei.

Por conta dessa centralização política, característica do Império, que subordinava os municípios ao governo provincial do qual dependiam para realizar as obras de que necessitava, o desenvolvimento das Vilas foi lento.

Em 15 de novembro de 1889 é proclamada a República no Brasil, no dia 24 de novembro do mesmo ano, Riachão faz sua adesão ao novo governo em uma Sessão extraordinária:

"Aos vinte quatro do mês de novembro do ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e nove, nesta Vila do Riachão, província de Sergipe, às doze horas do dia, reunidos no Paço da Câmara Municipal da mesma vila, os vereadores (...) e também um crescido número de habitantes deste município (...). O Senhor Presidente levantando-se de sua cadeira, e em uma alocução fluente (...) disse que o fim especial [da sessão] era fazer adesão ao Governo que se acaba de iniciar no país sob a forma Republicana, ampliando essa adesão não só ao provisório fundado na Corte como fundado nesta província de Sergipe. Acrescentou que assim procedeu porque a forma de Governo inaugurada conforme vê-se em sua proclamação de 17 de novembro do corrente ano e que foi geralmente aceita e com agrado por todo o município faz promessas solenes de sob os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, garantir, garantir a todos os habitantes do Brasil nacionais e estrangeiros, a segurança, a vida, garantir a propriedade de cada um, respeitar os direitos individuais e políticos, mantendo as funções da Justiça Ordinária, bem como as funções de administração civil e militar os quais continuarão a ser exercidos pelos órgãos até aqui a República brasileira, prometedora de uma vida de paz e de harmonia aos povos, protestando-lhes o seu acatamento e recolhimento diante das bases estabelecidas e proclamadas no País." (Ata da Sessão extraordinária da Câmara Municipal de Riachão, de 24 de novembro de 1889. APES)

Com o surgimento do novo molde político no Brasil, os municípios ganharam autonomia política e as funções administrativas foram divididas. No agora Estado de Sergipe, surgem os Conselhos de Intendência, que é representado no poder executivo municipal por um Intendente.

O primeiro Conselho de Intendência em Riachão foi nomeado pelo Governador Felisbelo Freire, através do Decreto nº 27, de 25 de janeiro de 1890 e tinha como seu primeiro intendente o Pe. Manoel Luiz da Fonseca .

No ano de 1935, o chefe do poder executivo municipal passou a usar o título de Prefeito, conforme estava prescrito na Constituição de 1935.

Manoel Machado de Aragão, que fazia parte do Partido da União Republicana de Sergipe, tornou-se o primeiro administrador do município a receber o título de prefeito, governou de 8 de abril de 1935 até 20 de junho de 1941, quando é substituído por Horácio Dantas de Góes. Ainda no seu governo em 1938, a Vila de Riachão foi elevada a categoria de Cidade.

Horácio Goes foi nomeado prefeito pelo então interventor do Estado Coronel Milton Azevedo, o Brasil já se encontrava no chamado Estado Novo, ditadura implantada por Getúlio Vargas.

No ano de 1943 o nome do município foi mudado para Riachão do Dantas, devido à lei federal que determinava a alteração dos nomes dos municípios em que houvesse duplicidade. Através do Decreto Estadual nº 377, de 31 de dezembro de 1943 o nome de Riachão do Dantas foi dado ao nosso município.

Na escolha do designativo (do Dantas) introduzido para alterar o topônimo, influiu, ao mesmo tempo, o propósito de homenagear um dos maiores benfeitores da terra [o comendador João Dantas Martins dos Reis] e o próprio costume de grande parte da população, principalmente da classe do povo, que já vinha chamando o lugar pela forma Riachão Dantas. (ALVES, 1959, p. 422)

Em 1945 ocorre o fim do Estado Novo. O país está passando por um processo de redemocratização e os partidos políticos são organizados. Em Riachão do Dantas foram estruturados o Partido Social Democrático (PSD) e União Democrática Nacional (UDN).

O PSD era liderado por Horácio Dantas de Góes, enquanto a UDN por José Almeida Fontes.

Em 19 de outubro de 1947, ocorrem às eleições municipais e José Hora de Oliveira do PSD é eleito. As disputas entre PSD e UDN eram acirradas e a violência era uma constante juntamente com as perseguições políticas. As práticas do tempo dos coronéis como o assistencialismo, paternalismo e clientelismo faziam parte de política junto com as frequentes fraudes.

No pleito de 3 de outubro de 1954, mais uma vez o PSD sai vitorioso elegendo José Costa Fontes como prefeito e derrotando Abílio Fontes da UDN.

O período estudado reflete o predomínio do poder político exercido por Horácio Góes líder do PSD. A oposição só chega ao poder em dois momentos com as eleições de Abdias Evaristo de Carvalho e Abílio de Carvalho Fontes que mais tarde, em 1961 para ser exato, solicitou uma licença de seis meses, assume então o presidente da Câmara Municipal o pecuarista David Dantas de Britto Fontes que se empenhou no plano de eletrificação da sede do município através de um convênio com a Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (SULGIPE).

Nos anos de 1959 - 1966 Riachão do Dantas contava com dois representantes na Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe: Horácio Dantas de Góes (PSD) e José Almeida Fontes (UDN).

Em 1964, instalou-se a ditadura militar no Brasil, com promulgação do Ato Instrucional nº 2 (AI-2), os partidos então conhecidos foram extintos, sendo criados a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A ARENA era formada por políticos que apoiavam o governo militar e o MDB era formado pela oposição ao governo.

Horácio Goes e José Almeida, as lideranças políticas do município, inicialmente enquadraram-se na ARENA, porém em 1969 ele José Almeida Fontes desliga-se da ARENA e funda o MDB em Riachão do Dantas.

O deputado Horácio Góes reelege-se por várias vezes, ocupando uma cadeira na Assembléia Legislativa no período de 1959 a 1978. Esteve sempre filiado a partidos que davam sustentação ao governo.

O grupo político liderado por “Seu Horácio”, como ele era conhecido, dominou o cenário político do município por muitos anos, elegendo uma grande parte dos prefeitos. Horácio Goes faleceu em Aracaju no dia 27 de outubro 1998 aos 84 anos.

A oposição de Riachão do Dantas não possuía uma vivacidade perante aos eleitores, por isso que o MDB liderado por Nelson Araújo, não consegue diminuir ou retirar o poder e influência política da família Góes. Nelson Araújo consegue se eleger deputado e sai do cenário político municipal.

Nas eleições de 1972, Roberto Fontes de Góes, filho de Horácio Góes é eleito prefeito dos riachãoenses, como na época ele contava com 20 anos e de acordo com lei somente com 21 anos é que pode assumir o cargo. Então, após completar a idade prevista no dia 28 de fevereiro, Roberto Goes assume a prefeitura como o governante mais jovem do município de Riachão do Dantas.

No pleito de 1976 é eleito Antônio Guimarães Sobrinho, que nesse período era filiado a ARENA e venceu com 2.761 votos. Roberto Goes volta ao Executivo Municipal nas eleições de 1982, ele vence com 2.127 votos e elege-se pelo PDS.

José Lopes de Almeida vice-prefeito de Roberto Goes disputa as eleições de 1988 filiado ao PDS contra Silvana França, esposa do deputado federal Bosco França, que estava filiada ao PMDB/PL. Também estava na disputa José Raimundo de Farias pelo PFL/PSB. José Lopes de Almeida vence o pleito com 3.887 votos.

Em 1992 a disputa foi entre José Agnaldo de Almeida (PDS) e Antônio da Silva Guimarães Sobrinho (PMDB/PFL/PSB). José Agnaldo de Almeida tinha como candidata a vice-prefeita Dona Creuza Fontes de Góes, intitulada a “Mãe dos pobres” e esposa de Horácio Góes, representava o grupo político do mesmo. Enquanto Antônio da Silva Guimarães Sobrinho era candidato da oposição e era apoiado pelo ex-deputado Bosco França. Antônio obteve 3.964 votos, enquanto José Agnaldo teve 3.805. A oposição sobe ao poder depois de vinte e nove anos de sucessivas derrotas.

Porém nas eleições de 1996, José Lopes de Almeida (PPB) disputa com William Araújo Fontes (PSB), Gilton Santos Freire (PMDB) e Ariosvaldo Boaventura (PSC) o cargo de prefeito do município. José Lopes de Almeida é eleito pela segunda vez com 5.492 votos. A opisição não consegue ficar muito tempo no poder, tornando-se um grupo efêmero que no pleito do ano 2000 se unem com o empresário Laelson Meneses da Silva (PTB) para disputar as eleições contra o então prefeito José Lopes de Almeida (PSDB) que tenta um terceiro mandato.

Laelson teve como vice-prefeito Gilton Santos Freire e foi apoiado por William Fontes e outras lideranças políticas, porém José Lopes de Almeida vence as eleições com 5.194 votos contra 4.925 de Laelson Meneses e foi o primeiro prefeito assumir três vezes o Executivo Municipal.

No ano de 2004, a eleição municipal foi disputada por Roberto Fontes de Góes (PPB) e Laelson Meneses da Silva (PT do B). Laelson ganha as eleições com 6.695 votos, enquanto Roberto Góes teve 4.841 votos. A oposição volta mais uma vez ao Poder.

Em 2008, a disputa eleitoral dá-se entre o prefeito Laelson Meneses da Silva, candidato a reeleição (PT do B) contra o ex-prefeito José Lopes de Almeida (PDT) que volta ao cenário político apoiado por toda a oposição de Riachão do Dantas, inclusive por Gilton Freire – Candidato derrotado pelo mesmo no pleito de 1996 e que agora era candidato a vice de José Lopes de Almeida – e William Fontes – que era o então vice-prefeito do município e ajudou Laelson a se eleger em 2004, mas devido às desavenças com a esposa do prefeito e secretária da Saúde Gerana Gomes Costa, William rompeu com o prefeito e se aliou com Zé Lopes e Gilton Freire. Esse pleito teve também como candidato o ex-deputado estadual Nelson Araújo (PMDB).

Porém Laelson Meneses sai mais uma vez vitorioso, conseguindo se reeleger com 7.271 votos, contra 4.715 de José Lopes de Almeida e 49 votos de Nelson Araújo.

No dia 22 de Março de 2010, a Corte do TRE-SE aprova por seis votos a zero, a cassação do prefeito Laelson Meneses da Silva e de seu vice José Almeida Fontes (neto do ex-prefeito homônimo) por abuso do poder econômico do município nas eleições de 2008. Nunca na história de Riachão um prefeito foi cassado, isso é uma prova concreta que a justiça do Brasil está sendo favorável a democracia, desmascarando as fraudes e punindo os infratores. Quem assume o Executivo Municipal é o então presidente da Câmara Municipal de Vereadores Pedro Santos Oliveira.

No dia 18 de julho de 2010, ocorre a eleição suplementar decretada pela TRE-SE no municipio de Riachao do Dantas, nessa disputa eleitoral se encontram o veradorores conditado ao pleito Ivanildo Macedo (PT do B), representante do grupo de Laelson Meneses e Gerana Costa contra Pedro Santos Oliveira, que era aliado ao grupo da Familia Goes.O então candidato Ivanildo Macedo Vence as eleições e o grupo de Laelson Meneses permanece no governo municipal, tomando posse oficial em 1ª de agosto do ano mesmo ano. No mesmo ano, Ivanildo Macedo rompe com Laelson e Gerana, mudando de partido (PSD) e se aliando ao grupo político liderado pelo ex-prefeito José Lopes de Almeida.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Poço Redondo



A colonização do território do município teve início no final do século XVII e início do XVIII, e está vinculada ao morgado de Porto da Folha. O povoado Curralinho surgiu em 1877, possuía uma escola e ficava às margens do rio são Francisco. Em 1902, Manoel Pereira se estabeleceu com uma fábrica de descaroçar algodão no arraial Porto de Cima, transferindo-a logo depois, para uma região há um quilômetro de distância. Outros habitantes foram atraídos para a região, que passou a ser chamada de "Poço Redondo", pois o local era semi circulado pelo riacho Jacaré. A instalação ocorreu em 1956, quando o então povoado Poço Redondo foi elevado a Sede do Município.

Geografia

Poço Redondo tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.. Localiza-se a uma latitude 09º48'18" sul e a uma longitude 37º41'04" oeste, estando a uma altitude de 188 metros. Sua população estimada em 2004 era de 29 032 habitantes. Possui uma área de 1220,2 km². É neste município que se encontra a nascente do rio Sergipe.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Nossa Senhora Do Socorro



Nossa Senhora do Socorro é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju. Em razão de sua proximidade com a capital sergipana, o município tornou-se verdadeira cidade-dormitório, possuindo diversos conjuntos habitacionais; entre os maiores: Marcos Freire I, II e III, João Alves, Fernando Collor, Conjunto Jardim, Parque dos Faróis e Taiçoca.

História


A histografia sergipana nos mostra que o território de Sergipe era habitado por diversas tribos indígenas. Mott (1986: 18 e 19) registra a presença de brancos, pardos, negros e índios na etnia sergipana, no século XVIII. Ressalta-se que cada um desses grupos tem suas peculiaridades culturais e contribuíram para a formação histórica da população dos diversos municípios sergipanos.

Segundo indicações de GÓIS (1991: 19), o espaço geográfico em que hoje se situam alguns municípios que faziam parte da micro-região da Cotinguiba, no século XVI era habitado por índios da tribo tupinambá.

Provavelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido por volta do mesmo século, período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de Sergipe Del Rey, fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da colonização sobre a capitania de Sergipe em 1575 (OLIVA: 1991:128).

Por outro lado, registra-se que, no ano de 1829, época em que Nossa Senhora do Socorro já era freguesia, ainda havia aldeias indígenas nessas mesmas localidades (MOTT. 1986:18 e 19). Pela falta de fontes não foi possível identificá-las.

O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro, desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem religiosa.

No século XVIII, a cidade formava um núcleo demográfico de aproximadamente três mil habitantes, tendo por atividade econômica a plantação de mandioca e cana-de-açúcar.

Esse núcleo foi elevado à categoria de freguesia em 25 de setembro de 1718, por decisão do Arcebispo da Bahia Dom Sebastião Monteiro da Vide, passando a ser denominada Nossa Senhora do Socorro do Tomar da Cotinguiba, pertencendo nesse período à vila de Santo Amaro das Brotas.

A probabilidade de um crescimento demográfico da freguesia e a falta de uma capela impossibilitava o pároco de realizar um atendimento regular e eficiente aos fieis, impedindo-o de exercer suas atividades eclesiásticas na freguesia de origem, obrigando-o a se deslocar para outras localidades.

Com a criação da vila de Laranjeiras em 1832, o território da freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, passou a fazer parte da nova vila. Este fato levou os socorrenses a protestarem e a lutar por sua autonomia político-administrativa.

Conseqüentemente esta autonomia daria à freguesia sua elevação à categoria de Vila.

A condição de Vila foi alcançada em 19 de fevereiro de 1835, período marcado pela sua emancipação política e o conseqüente desligamento da Vila de Laranjeiras.

Na atualidade o município está inserido na micro-região homogênea Aracaju, com uma extensão de 156 Km2, ocupando 0,7% da área estadual e 7,4% da região da grande Aracaju, limitando-se com Laranjeiras, São Cristóvão, Santo Amaro das Brotas e Aracaju.

No Início do século XVIII, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba tinha como monumento religioso uma capela cujo nome era o mesmo da vila. Porém só em 1864, a capela tornou-se Matriz.

Frisa-se, no entanto, que mesmo conquistando sua emancipação política, foi após a edificação da Matriz que Socorro conseguiu sua autonomia religiosa, ficando reconhecida como freguesia pelo estatuto religioso e como vila pelo estatuto político-administrativo.

A igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro não dispõe de documentação sobre a sua construção. Na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. E, segundo Germain Bazin, é um exemplar tardio do estilo barroco.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Barra dos Coqueiros


Barra dos Coqueiros é um município brasileiro do estado de Sergipe, localizado na Região Metropolitana de Aracaju. Geograficamente, é conhecida por se constituir na península de Santa Luzia. Após ligar-se a capital sergipana pela ponte Aracaju - Barra dos Coqueiros, houve o processo de conurbação. Tal fato passou a atrair grande especulação imobiliária dado não só por causa do facilitado acesso mas também com advento de grande infraestrutura e grandes investimentos privados. Ademais, se localiza a 3 km do centro de Aracaju. Desse modo, as projeções para os próximos anos são dadas pelo aumento exponencial de sua população, tal como foi comparativamente averiguada a duplicação de seus habitantes com a divulgação do novo censo pelo IBGE em 2010.

Estrutura Urbana - Transportes

A Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros, tendo como nome oficial Ponte Construtor João Alves, liga a capital Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros, cidades do litoral de Sergipe. Aracaju encontra-se separada de sua vizinha Barra dos Coqueiros pelo Rio Sergipe. Sua inauguração aconteceu em 24 de setembro de 2006. Seu propósito criar uma via de ligação rodoviária entre Aracaju e o porto do Estado de Sergipe, à beira do oceano Atlântico, dentro do Município da Barra dos Coqueiros e as praias do litoral norte. Com a obra, o litoral norte do Estado, que vai da foz do Rio Sergipe, até à foz do Rio São Francisco ficou mais acessível ao turismo em Aracaju. O projeto original foi bastante arrojado para os padrões locais. Essa seria a segunda maior ponte urbana do país, sendo a maior do Nordeste. A obra empregou quase mil operários durante sua construção e chama a atenção das pessoas à margem do rio Sergipe, podendo ser vista desde o centro da cidade até a foz do rio, à beira do oceano.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Aracaju


Aracaju é um município e capital do estado de Sergipe, no Brasil. Localiza-se no litoral, sendo cortada por rios como o Sergipe e o Poxim. De acordo com o Censo de 2010, a cidade conta com 570 937 habitantes. Somando-se as populações dos municípios que formam a Grande Aracaju: Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, o número passa para 835 564 habitantes. É apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste Brasileiro, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país e a capital com menor índice de fumantes , segundo o Ministério da Saúde. Anualmente, tem, como comemorações marcantes em seu calendário festivo turístico, os eventos do Pré-Caju, Forró Caju e o Verão Sergipe.

História

A história da cidade de Aracaju está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão, pois era esta a antiga capital da Capitania de Sergipe, atual estado de Sergipe. Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju pôde existir e cresceu. Fundada em 1855, foi a segunda capital planejada de um estado brasileiro (a primeira foi Teresina, em 1852); seu formato remete a um tabuleiro de xadrez. Todas as ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.